Doutorado em Sociologia (USP, 1992)/ Pós-doutorado – Massachusetts Institute of Technology (2001)

Professor Titular de Sociologia/Docente Permanente do PPGS

É graduado em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1979), Mestre em Ciências Sociais (Sociologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983), Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1992), com Pós-doutorado no Department of Urban Studies and Development do Massachusetts Institute of Technology (EUA-2001). Foi professor da Universidade Federal da Paraíba (1982-2004), Coordenador da Área de Sociologia na CAPES (2011-2014), e atualmente é Professor Titular no Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos e 2° vice-presidente da SBS (2013-2015). Atua em pesquisas nas áreas de Sociologia do Trabalho e Sociologia Econômica, destacando-se as seguintes temáticas: reestruturação produtiva, reespacialização da produção; trabalho flexível; trabalho informal; empreendedorismo; redes sociais e mercados de trabalho urbanos; trabalho informacional; cooperativas de trabalho e economia solidária; culturas do trabalho e mobilidades.

Linha de Pesquisa no PPGS: Estrutura, Poder e Mobilidades

Áreas de Investigação: Sociologia, Sociologia do Trabalho, Sociologia Econômica

Grupo de Pesquisa: Grupo de Pesquisa Trabalho e Mobilidades

Projeto (s) de Pesquisa em Andamento:

Contradições do trabalho no Brasil atual: formalização, precariedade, terceirização e regulação – 2013 – em andamento

O projeto tem como objetivo estudar o trabalho no Brasil em suas manifestações mais atuais, buscando elucidar o sentido das transformações que o vêm atingindo, a partir da análise de vários aspectos, como as desigualdades de gênero, a informalidade (entendida como o trabalho não protegido), as tendências à terceirização, o sindicalismo, as novas formas de organização e uso do trabalho em cadeias produtivas de alta tecnologia, o trabalho por conta própria, as políticas públicas de mercado de trabalho.

Essas questões serão analisadas a partir de uma visão interdisciplinar, que parte do entendimento de que a complexa realidade do trabalho não pode ser explicada por uma só área do conhecimento. Trata-se, nesse sentido, de analisar algumas das principais características que o trabalho vem assumindo nos dias atuais (muitas vezes apontando para direções opostas), buscando traçar um quadro amplo das tendências recentes de forma a responder a uma pergunta que unifica e que se encontra por trás dos vários olhares, qual seja: A que sociedade o conjunto de transformações que o trabalho vem sofrendo nos encaminha?

Pesquisadores: Jacob Carlos Lima / Márcia de Paula Leite – Coordenador / Angela Maria Carneiro Araújo / José Dari Krein / Magda Biavaschi

Financiador (es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.

Trabalho: Horizonte 2021   – 2012 – em andamento

Projeto de pesquisa interdisciplinar sobre as transformações em curso no mundo do trabalho, com ênfase na análise prospectiva tendo como horizonte o ano de 2021. Além das pesquisas especializadas estão previstas a realização de seminários intitulados O futuro do trabalho (Brasília, maio de 2013 e Porto Alegre, maio de 2014) e a publicação dos resultados do trabalho coletivo (edição em português, inglês e espanhol).

Pesquisadores: Jacob Carlos Lima / Antonio David Cattani – Coordenador / Lorena Holzmann / Silvia Maria Pereira de Araújo / Adalberto Cardoso / José Ricardo Ramalho/ Christiane Girard / Lucídio Bianchetti / Mario Cesar Ferreira / Sadi Del Rosso.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –

2011 – Atual

A nova gestão da questão social no Brasil – 2011 – em andamento
Descrição: Este projeto se insere no estudo do conjunto de transformações que afetaram profundamente, nas últimas duas décadas, diferentes dimensões da vida social e dos territórios dos setores populares brasileiros. Ele se propõe a pesquisar a constituição de novas formas de sociabilidade nesses meios, tensionadas entre diferentes formas de participação e de mercantilização que reconfiguram as esferas do trabalho, da família, do associativismo civil, da religião e das relações com o Estado. A novidade dessas formas de sociabilidade reside na maneira de articular esses espaços, borrando os limites anteriormente traçados entre eles e impondo novas formas de regulação da vida social. Essas formas de sociabilidade decorrem, de um lado, das mudanças do mundo de trabalho, submetido nas últimas décadas às transformações conhecidas como reestruturação produtiva, assim como, de outro, pelas políticas públicas voltadas, de modo geral, à gestão da questão social e da pobreza tendo como foco principal as famílias (e, especialmente, as mulheres) e sendo apropriadas de modo heterogêneo por aqueles considerados como públicos-alvo dessas políticas. Estes processos de mudança social, econômica e política interferiram também, sem dúvida, em deslocamentos nas esferas do associativismo civil, da religiosidade e das relações dos setores populares com o Estado.

Integrantes: Jacob Carlos Lima – Coordenador / Isabel Georges – Coordenadora/ Cibele Saliba Risek / Gabriel de Sanctis Feltran / Ronaldo Romulo Machado de Almeida – / Robert Cabanes.
Financiador (es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –

As mudanças na cultura do trabalho: empreendedorismo, participação, informalidades e autogestão. 2010 – em andamento
Neste projeto nos propomos a discutir como as transformações recentes do capitalismo tem afetado os trabalhadores em seus cotidianos, destacando as mudanças de justificação e percepção do trabalho em novas e velhas ocupações. Mais especificamente, buscamos recuperar como o discurso empresarial do capitalismo flexível é incorporado pelo trabalhador no dia a dia da atividade, como o enfoque participacionista, em tese, democrático e valorizador do trabalho, torna-se referência em coletivos dos mais diversos, seja da conformação à empresa capitalista, seja em sua contestação, na atividade da empregada doméstica ou do trabalhador da informalidade mais precária, do associado em cooperativas de trabalho, ao trabalhador da grande indústria ou dos novos setores produtivos altamente tecnológicos. Em outros termos como a ideia de mercado torna-se presente no discurso do trabalhador, de sua empregabilidade, de suas perspectivas de vida, influindo fortemente na construção de uma cultura do trabalho e no trabalho no qual a individualização caminha de forma paralela com as necessidades coletivas e mesmo de autogestão dos coletivos de trabalho. Participação, democratização, diferenciação, empreendedorismo, flexibilidade, tornam-se vocábulos comuns, embora com significados e funcionalidades diferentes, no discurso governamental, empresarial e no dos trabalhadores. Estes estão presentes no cotidiano de trabalho nos qual a ideia de autonomia e individualização significa responsabilização por manter o posto de trabalho se manter no mercado de trabalho, ou ainda manter o empreendimento (individual ou coletivo). A incorporação dessa responsabilização, por sua vez implica na interiorização desta como constituinte da liberdade, da autonomia formal dos trabalhadores, da participação.
Integrantes: Jacob Carlos Lima (coordenador)

Financiador (es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico