Doutorado em Sociologia, Université de Paris VIII – St. Denis, França (2000) e Pós-doutorado com bolsa da FAPESP no CEBRAP (2005)

Isabel P.H. Georges, alemã, socióloga, formada na França (Université de Paris VIII), Pós-doutoramento no CEBRAP/FAPESP (Centro Brasileiro de Análise e de Planejamento/Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2001 e 2005, é pesquisadora do IRD (Institut de recherche pour le développement), França. Linhas de pesquisa: globalização da estrutura produtiva e das relações de trabalho, as relações com a produtividade e o trabalho das mulheres no setor dos serviços, análise comparativa. Mas recentemente, trabalha sobre as novas configurações do trabalho e formas de inserção ocupacional das populações de baixa renda no espaço urbano. Nessa perspectiva, estuda o sentido do trabalho feminino e masculino considerado pouco qualificado (trabalho “do cuidado”, costura, trabalho ambulante, reciclagem, etc.) e suas formas de reconhecimento (políticas, sociais, salariais, simbólicas, afetivas) entre o Estado, o mercado e a família. Publicou vários livros coletivos e artigos sobre esses assuntos em revistas nacionais e internacionais.

Pesquisadora do IRD (Institut de Recherche pour le Développement, França),
Docente credenciada do PPGS e pesquisadora associada no Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (DS-UFSCar)

Linha de Pesquisa no PPGS: Estrutura Social, Poder e Mobilidades

Áreas de Investigação: Novas configurações do trabalho, informalidade, relações de gênero, atividades de serviço (telecomunicações, telemarketing, emprego doméstico, costura, comercio ambulante, etc.), representação coletiva e as “novas políticas sociais brasileiras” (setores de saúde e da assistência)
Grupo de Pesquisa: Trabalho, políticas sociais, participação e gênero”

Projeto(s) de Pesquisa em Andamento:

“Emergência e reinvenção : « novas » e « velhas » politiquas sociais no Brasil”, CNPq-IRD n° 17/2013 (2013-2016)
O presente projeto pretende focar no nível meso-social das assim chamadas “novas” políticas sociais brasileiras, isto é, nas formas de operacionalização dessas políticas, nas relações entre atores da “sociedade civil” e operadores, bem como processos de intermediação dessas relações com o Estado. Frente à diversificação das formas de sociabilidade nos meios populares brasileiros e das instâncias de ordenamento ou formas de regulação da vida social articuladas entre si esse projeto pretende buscar explicações para tais acontecimentos.

“Construção de alternativas socio-ocupacionais de mulheres entre Estado, mercado e família : uma comparação regional”, MCTI/CNPq Universal n° 14/2013 (2013-2015)
O presente projeto de pesquisa situa-se no cruzamento de vários campos disciplinares, como a Sociologia do gênero, da Sociologia do trabalho e do desenvolvimento e tem como temática geral a questão das desigualdades sociais, de gênero e regionais no contexto das assim chamadas “novas” políticas sociais brasileiras. Focaremos nos serviços e programas assistenciais do Ministério da Saúde e do Ministério do Desenvolvimento Social. Na área da saúde, a Estratégia Saúde da Família ; e na área da assistência e do combate à pobreza, o Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família e os diversos programas de transferência de renda (Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, etc.). O projeto tem como objetivo analisar as implicações de tais políticas sobre a posição da mulher na estrutura familiar, e as relações de gênero nas esferas pública e privada, em nível micro-social.

“A nova gestão da questão social no Brasil : entre participação e mercantilização”, IRD/CNPq, até 2015
Este projeto se insere no estudo do conjunto de transformações que afetaram profundamente, nas últimas duas décadas, diferentes dimensões da vida social e dos territórios dos setores populares brasileiros. Ele se propõe a pesquisar a constituição de novas formas de sociabilidade nesses meios, tensionadas entre diferentes formas de participação e de mercantilização que reconfiguram as esferas do trabalho, da família, do associativismo civil, da religião e das relações com o Estado.

“Offre institutionnelle et logiques d’acteurs : femmes assistées dans six métropoles d’Amérique latine”, LATINASSIST, Agence Nationale pour la Recherche-ANR Les Suds II (2011-2014)
Ce projet porte sur les effets sociaux des politiques publiques d’assistance sociale conduites en Ameŕique latine, dans 6 métropoles (Buenos Aires, Bogotá, SaõPaulo, Guadalajara, la Havane, Santiago de Chile). Ces dispositifs d’assistance repreśentent une nouvelle génération de politiques publiques, dans lesquelles interviennent des acteurs institutionnels publics à divers niveaux territoriaux, ainsi que des organisations internationales, nationales ou locales, priveés, marchandes et non marchandes.